ZONA Lê Mulheres_Dramaturgia_Poesia
ZONA LÊ MULHERES é uma zona autônoma feminista e temporária. Um espaço em que todas e todos podem ler textos escritos por mulheres. São encontros de diversos formatos (sarau, debate, entrevista, palestra, show) em que o protagonismo é 100% de mulheres para discussão, fomentação e criação de redes. Repetimos a palavra exaustivamente, até que não seja preciso. Venha ser a nossa autora favorita, ou traga a sua.
ZONA LÊ MULHERES é idealizado e organizado por Maria Giulia Pinheiro desde 2014 e começou como um espaço para ler poesia. Em 2017, voltou-se para a dramaturgia, com uma edição de estrutura feminista - falamos sobre temas diversos, apenas com mulheres protagonizando as mesas -, durante dois meses, vinte e quatro dramaturgas e sete jornalistas culturais e/ou críticas de teatro se encontram com uma média de duzentas e quarenta pessoas para discutir o imaginário do Brasil da época. Inspirada nos seminários do Teatro de Arena e nas propostas de artivismo dos grupos feministas, o ZONA levantou questões importantes também sobre a necessidade de reestabelecermos relações de solidariedade e escuta, trazendo a tecnologia do teatro, o encontro presencial, como base.
Em 2020, durante a pandemia, com patrocínio do Governo de São Paulo, o ZONA lê Dramaturgia realizou entrevistas com quatro dramaturgas: Maria Shu, Dione Carlos, Silvia Gomez e Janaína Leite em uma reedição do ZONA lê Dramaturgia, chamado agora de ZONA Lê no Cacilda Becker, com transmissão ao vivo direto do Teatro Cacilda Becker. Assista aqui.
Em novembro de 2024, o ZONA Lê Dramaturgia realizou uma edição extra com Carolina Bianchi em Lisboa.
CIRANDA: Jogo de Palavra Falada
combina brincadeira e leitura
Crédito: Micaela Wernicke
Inspirado no poetry slam, campeonato de poesia em que os autores declamam textos autorais de até 3 minutos, o CIRANDA: JOGO DE PALAVRA FALADA traz artistas contemporâneas lendo textos de artistas que admiram e que já não estão mais entre nós.
Criado pelas poetas Anna Zêpa e Maria Giulia Pinheiro, frequentadoras do movimento de saraus e slams desde 2010, o Ciranda se apropria do formato do jogo para propor uma aproximação entre aqueles que produzem agora e aqueles que já produziram e continuam existindo através de suas obras.
“Quando a gente lê alguém, se aproxima dele. É como se conversássemos com o livro. Assim como dialogamos com as autoras e autores contemporâneos, é gostoso ouvir a voz de quem veio antes”, conta Maria Giulia Pinheiro. “Como seria Clarice Lispector, Hilda Hilst, Carolina Maria de Jesus, Audre Lorde e tantos outros e outras em um slam? Pois bem, queremos saber isso!”, complementa Anna Zêpa.
Durante a brincadeira, a plateia é convidada a interagir, dando notas e escolhendo os “vencedores” da noite. Ao fim do jogo, é alguém da plateia que é premiado, com a obra de algum escritor contemporâneo.
CIRANDA: Jogo de Palavra Falada estreou no SESC AV. PAULIST, em 2018, e já passou por diversos locais entre São Paulo e Lisboa.
Para contactar a produção, mande e-mail para: zepa.anna@gmail.com- ou magiuppinheiro@gmail.com
Todo Mundo Slam, um poetry slam para cruzar fronteiras
Criado e apresentado por Maria Giulia Pinheiro, o Todo Mundo Slam é um poetry slam decolonial que acontece em Lisboa desde 2019, pensado para unir migrantes e portugueses em um formato democrático partilhas poéticas, políticas e estéticas.
Poetry Slam tem as seguintes regras: três rodadas, com poemas autorais de até três minutos, sem acompanhamento musical e sem figurinos e objetos cênicos. Um júri de 5 pessoas é escolhido na hora na plateia e pode dar notas de 0 a 10. Na contagem, por rodada, a maior e a menor notas caem. Os 5 mais bem votados na primeira rodada passam para a segunda e os três mais bem votados na segunda passam para a final.
O Todo Mundo Slam acontece mensalmente desde 2019, já contou com edições em festivais como o Slam Fixe Uai e o 5L e, desde 2023, está hospedado na Biblioteca de Alcântara.
Todo primeiro sábado do mês, de abril a outubro, o Todo Mundo Slam também passou a ser produzido por Gonçalo Antunes, Lucas França e Marina Campanatti.
Ginginha Poética: boêmia rima com poesia
Uma roda de poesia com o melhor da boêmia lisboeta.
Poetas convidados declamam poesias em roda. A cada poesia declamada, um brinde.
Uma noite em que portugueses, migrantes e turistas se divertem entre a melhor bebida portuguesa e o melhor da poesia em diversa línguas.
Ginginha poética une o que há de moderno com o que há de tradicional na noite lusitana.
Inspirada nas rodas de poesia do Norte e Nordeste brasileiros, a Ginginha poética atrai tanto o público de migrantes que veem o evento como uma forma de confraternizar, como o público de portugueses que entendem a ginjinha e a poesia como marcas do orgulho nacional, quanto turistas, que percebem o clima do evento como interessante para uma noite em Lisboa.
A Ginginha Poética é uma criação de Maria Giulia Pinheiro e Irma Estopiñà e acontece mensalmente.
SLAM Camões: o cânone quer ser atual
“O próximo poeta da noite é… Luís Vaz de Camões!”
Slam Camões é um campeonato de poesia falada criado em 2024 para a Câmara de Coimbra, para mostrar que a poesia clássica é aquela que já viveu as ruas de outros tempos. O poetry slam é um jogo em que, durante três rondas, poetas falam poemas autorais de até três minutos, sem acompanhamento musical, sem figurinos e objetos cênicos. Cinco pessoas, escolhidas na plateia e cujo único critério de escolha é não conhecer os poetas anteriormente, são os “jurados”.
No Slam Camões, honramos e valorizamos o grande poeta da língua portuguesa enquanto abrimos espaços de escuta e troca para poetas contemporâneos. Durante o evento conduzido por Maria Giulia Pinheiro em todos os últimos sábados do mês de maio a novembro, tivemos também intervenções musicais de DJs convidados, uma oficina prévia de 3 horas de duração com artistas convidados, que fizeram performances poéticas no evento e leituras feitas por Gonçalo Antunes dos 10 Cantos de Lusíadas.