Isso Não é Relevante (Douda Correria, 2022)
Vencedor do Prémio Nova Dramaturgia de Autoria Feminina (DGArtes/Cepa Torta). Isso não é Relevante de Maria Giulia Pinheiro é um convite a ouvir o que pensamos e não conseguimos dizer. Escrito com um protocolo muito próprio que oscila entre o subtexto e o lugar-comum, a velocidade e a dúvida, este texto desconcertante obriga-nos a fazer sentido do que não percebemos e a reparar no absurdo de certas convicções.
Começando numa simples mesa de um restaurante, reclamando de uma voz que se encontrou na sopa como quem encontra um cabelo sujo numa ideia brilhante, as personagens expõem as suas ansiedades, os seus lugares e não lugares no mundo e a sua vontade e inibição de mudança.
Uma peça como esta é um “Acontecimento” (que palavra tão bonita, dirá uma das personagens desta autora) que nos alerta para a importância de “mastigarmos muito bem tudo o que pomos para dentro”, sejam palavras, sejam ideias, sejam momentos vividos sem resolução. Um texto que não deixando ninguém indiferente, nem ninguém mais iluminado, nos percorre como algo que reconhecemos e que nos aflige, entre um ardor pequenino e uma seta letal.
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30 (poemas de amor) para os 30 (anos de alguém que nunca amei tanto assim) (Editora Urutau, 2020)
Livro de poemas curtos, com colagens de Elisa Scarpa. Nas palavras de Silvia Penas Estévez: "E nem depois. E nem dentro. E nem sequer em São Paulo em 2023 nem na Beira em 1918, nem neste dia que corre agora à nossa frente ultrapassada a muita distância a primavera. Nada é absolutamente certo; como tudo aquilo que conduz ao poema, existe e não existe. Mais do que um presente por cada ano desses 30 por fazer, o que lateja sob estes textos e imagens é uma promessa, aí é onde a poesia opera: no trajecto entre a esperança e o futuro. O seu ritmo é o de um encontro pactado com o mistério, uma alegria um bocado azeda que convoca espaços e dilata tanto os tempos que até os pronomes podem trocar, de você para ele, por exemplo; na cama de papel que acolhe as palavras, podem tornar-se outras facilmente. Assim a leitura torna-nos também de revés, como algumas das figuras que pendulam nestes collages, com a cabeça virada para um amor que não tem fim."
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Avessamento (Editora Urutau, 2017)
“Avessamento”, o terceiro livro da autora, é composto de poemas e fotografias performáticas em que ela mesma aparece de diversas formas compondo com radiografias e outros exames das suas costelas e pulmões. Os poemas têm como mote, experiências de transformações em “Avessos” para descrever situações diversas. Nele, Maria Giulia Pinheiro se metamorfoseia de animais (barata, lobo, pomba) e também de objetos e fenômenos da natureza, sempre colocando uma outra forma de existência (ou de leitura da existência) possível para a realidade cotidiana.
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Alteridade (Selo do Burro, 2016)
Segundo livro de Maria Giulia Pinheiro discute a Cultura do Estupro através de metáforas e com objeto-performance.
Alteridade é um poema longo em que a Mulher narra metaforicamente o estupro que sofreu e passa, camada a camada, pela sociedade que produz e normatiza a dominação sobre as mulheres. Os livros são únicos, numerados e contém diferentes intervenções feitas por Maria Giulia Pinheiro
Para comprar, mande e-mail para magiuppinheiro@gmail.com
Da Poeta ao Inevitável (Editora Patuá, 2013)
Primeiro livro de Maria Giulia, é separado em cinco partes. Na primeira, chamada “Da Poeta ao Inevitável”, uma série de poemas narra uma história de amor. Na segunda, “PS:”, as poesias contam segredos. “Entre mins”, a terceira parte, é composta por poemas que tratam sobre o processo de subjetivação. “El_s”, a quarta parte, é uma sessão que tem como assunto o feminismo e “Seis Deusas” dá voz a seis deusas do Olimpo.
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